Na Era da Informação há um privilégio da informação em detrimento da comunicação. É claro que esta última não ocorre sem a primeira, só que é muito mais difícil, já que impõe a questão da relação, ou seja, a questão do outro. O resultado pode ser incerto, pois muitas vezes, os polos, emissor e receptor, não estão em sintonia. O fato é que não há informação sem um projeto de comunicação e que, em um mundo saturado de informação, as tecnologias não bastam para diminuir os problemas da comunicação. São sem dúvida ferramentas importantíssimas, mas não bastam.
Nas empresas não poderia ser diferente. A quantidade de informação que circula é enorme, sempre tendo, de alguma forma, efeitos no dia a dia de colaboradores, para o bem ou para o mal. O responsável pelo processo de gestão da informação deve ter em perspectiva justamente isso. O quanto a informação se relaciona com seu colaborador, ou seja, deve ser encarada como forma de comunicação, que se relaciona com o outro. Daí a importância da comunicação interna de uma organização.
Os fluxos das informações podem ser verticais ou horizontais, de acordo com o organograma da empresa e a sua circulação adequada promoverá o conhecimento e a comunicação, dando ao colaborador uma visão mais ampla da organização. Esse aspecto é positivo para os negócios, uma vez que provoca o efeito de pertencimento e consequente valorização de seu trabalho. Afinal, um colaborador desconte não é nada produtivo para a empresa.
Investir em comunicação interna é investir em marketing também. Se o colaborador possui vivências positivas na organização, ele próprio será a melhor propaganda do negócio. Além disso, em um mercado extremamente dinâmico e competitivo, a troca de experiências, o debate e o estímulo ao desafio, proporcionados por uma eficaz comunicação interna, são diferenciais que não podem, não devem ser negligenciados.
As tecnologias estão aí para nos ajudar, mas não devem ser um fim em si mesmas. Todo seu potencial deve ser explorado para propiciar a comunicação de fato, afinal devemos “compartilhar o que temos em comum e aprender a administrar pacificamente o que nos separa”.
Referência: Dominique Volton